A Polícia Civil de Assis, por meio das Delegacias Especializadas DIG/DISE, concluiu as investigações sobre a tentativa de duplo homicídio registrada no dia 15 de março de 2025. Na ocasião, duas pessoas foram baleadas em frente a uma adega localizada na Avenida Paschoal Santilli, sendo uma delas uma criança de apenas nove anos de idade.

De acordo com o delegado Giovani Bertinatti, responsável pelo inquérito, as investigações comprovaram que o autor dos disparos, identificado como D. L. H., de 36 anos, tentou matar um homem de 34 anos, motivado por uma suposta disputa por ponto de tráfico de drogas. O crime foi premeditado e praticado de forma que impossibilitou a defesa da vítima.

Segundo a apuração, o investigado estava armado ilegalmente com uma pistola 9mm e, ao avistar o desafeto em frente ao seu comércio, efetuou o primeiro disparo. A vítima tentou fugir pelas ruas próximas, sendo perseguida pelo atirador, que realizou ao menos outros sete disparos a esmo. O homem acabou atingido nas pernas e nas costas, conseguindo se esconder em uma residência até ser socorrido.

Durante a ação, um dos disparos atingiu uma menina que brincava na rua. O projétil atingiu a região das costas, ficando alojado próximo à coluna. A criança permanece com a bala no corpo, e há risco de futuras complicações à medida que ela cresce.

O homem ficou internado por semanas na UTI e, mesmo após sobreviver, sofre com sequelas graves. Segundo laudo médico, ele provavelmente precisará utilizar bolsa de colostomia de forma permanente.

Desde o dia do crime, a Polícia Civil representou pela prisão temporária do suspeito, deferida pela Justiça. No entanto, D. L. H. segue foragido e não se apresentou às autoridades. Diligências e mandados de busca foram cumpridos em Assis e em outras cidades da região, mas até o momento o réu não foi localizado.

Conforme o relatório final da Polícia Civil, o investigado incorre em dois crimes de tentativa de homicídio qualificado — um contra o homem e outro contra a criança — além do crime de porte ilegal de arma de fogo de uso . Somadas, as penas podem ultraar 46 anos de reclusão.

O inquérito foi encaminhado ao Ministério Público, que acompanhou toda a apuração e ofereceu denúncia nos mesmos termos, já aceita e recebida pelo Poder Judiciário. Com isso, D. L. H. tornou-se formalmente réu.

A Polícia Civil e o Ministério Público também solicitaram, e obtiveram, a conversão da prisão temporária em prisão preventiva, válida por prazo indeterminado.

Quem tiver informações sobre o paradeiro do foragido pode colaborar de forma anônima pelos canais oficiais:

Polícia Civil: Disque Denúncia 197 ou WhatsApp (18) 3209-1042

Polícia Militar: telefone 190