Abordagem Notícias
ENERGISA CAMPANHA
MUNDO • 28/10/2023, atualizada em 20/10/2024 às 23:40

MSF pede cessar-fogo imediato para acabar com derramamento de sangue em Gaza 5b4h6b

Bombardeios israelenses atingiram um nível nunca visto antes, e população não tem onde se proteger.

MSF pede cessar-fogo imediato para acabar com derramamento de sangue em Gaza

Médicos Sem Fronteiras (MSF) pede um cessar-fogo imediato para evitar mais mortes em Gaza e permitir a entrada de suprimentos humanitários extremamente necessários.  Desde sexta-feira, dia 27 de outubro, os bombardeios das forças israelenses se intensificaram a um nível nunca visto até agora: o norte de Gaza está sendo devastado, enquanto toda a Faixa de Gaza está sendo atingida e os civis não têm onde se proteger.  

As ações dos líderes mundiais têm sido muito fracas e muito lentas, já que uma resolução não vinculante aprovada pela Organização das Nações Unidas (ONU) para um cessar-fogo não contribuiu em nada para controlar a violência indiscriminada desencadeada contra um povo indefeso. A comunidade internacional deve tomar medidas mais enérgicas para instar Israel a interromper o derramamento de sangue. As pessoas estão sendo mortas e deslocadas à força de suas casas, e a água e o combustível estão acabando. A atrocidade está em uma escala nunca vista antes em Gaza.  

Os hospitais estão ficando sem suprimentos médicos. No início desta semana, Mohammed Obeid, cirurgião de MSF em Gaza, descreveu: "Os hospitais estão inundados de pacientes. Amputações e cirurgias estão sendo realizadas sem anestesia adequada, e os necrotérios estão inundados de corpos". Sem enterros adequados e sem a remoção dos cadáveres dos escombros, os surtos de doenças representarão uma ameaça adicional à população da Faixa de Gaza.

O apagão total das comunicações nesta sexta-feira, 27 de outubro, tem limitado ainda mais a capacidade de coordenar e fornecer assistência médica e humanitária. As pessoas sob os escombros, as mulheres grávidas que estão prestes a dar à luz e as pessoas com idade avançada não conseguem buscar ajuda quando mais precisam. Por causa do blecaute, MSF perdeu contato com a maior parte de sua equipe palestina.  

Em toda a Faixa de Gaza, o número de feridos que precisam de assistência médica urgente excede em muito a capacidade do sistema de saúde, que atualmente tem cerca de 3.500 leitos. Tantas vítimas em um espaço de tempo tão curto é algo inédito, mesmo em comparação com ofensivas israelenses de grande escala anteriores.  

Hospitais como o Al-Shifa, na cidade de Gaza, onde os colegas palestinos de MSF continuam a trabalhar, estão sobrecarregados de pacientes. As ordens militares israelenses para evacuar o hospital são impossíveis de serem efetivadas e perigosas. O hospital está atualmente com sua capacidade total de pacientes em busca de tratamento médico e abriga dezenas de milhares de outras pessoas em busca de um local seguro. De acordo com a lei humanitária internacional, pacientes, profissionais de saúde e instalações devem ser protegidos o tempo todo.

"Pessoas indefesas estão sendo submetidas a bombardeios terríveis. As famílias não têm para onde correr ou se esconder enquanto o inferno é lançado sobre elas. Precisamos de um cessar-fogo agora", diz Christos Christou, presidente internacional de MSF. "Água, alimentos, combustível, suprimentos médicos e a ajuda humanitária em Gaza precisam ser restaurados com urgência."

Milhões de homens, mulheres e crianças estão enfrentando um cerco desumano, uma punição coletiva que é proibida pelo Direito Internacional Humanitário.  

As autoridades israelenses continuam a impedir a entrada de combustível em Gaza, recurso essencial para abastecer os hospitais e as usinas de dessalinização que produzem água potável. Na noite desta sexta-feira, o número de mortos já ultraava os 7.300, de acordo com as autoridades de saúde locais, com aproximadamente 19 mil feridos. A situação pode ter se tornado muito pior após a noite mais intensa de bombardeios desde o início da guerra. O cerco agravará as mortes causadas pelos ataques, pois os médicos serão forçados a decidir quem tratar ou não, e as pessoas ficarão sem comida, água ou remédios.

Antes do dia 7 de outubro, entre 300 e 500 caminhões de suprimentos entravam em Gaza todos os dias, em uma região onde a maioria das pessoas já dependia de ajuda humanitária. Hoje, apesar de a agem de Rafah, na fronteira entre Gaza e Egito, estar aberta, apenas 84 caminhões entraram desde 20 de outubro. Uma resposta extremamente inadequada às necessidades constantes e crescentes em Gaza.

Aqueles que quiserem buscar segurança do outro lado da fronteira devem ter permissão para fazê-lo, sem prejuízo de seu direito de retornar a Gaza. Nossa equipe internacional que trabalhava em Gaza antes da guerra está agora no sul e não tem mais condições de coordenar as atividades humanitárias. Eles também precisam ter autorização para ir para o Egito.  

Alguns dos 300 profissionais palestinos de MSF também se deslocaram para o sul de Gaza para encontrar abrigo para suas famílias contra os bombardeios. Muitos outros colegas palestinos continuam a trabalhar e a oferecer cuidados que salvam vidas em hospitais e em toda a Faixa de Gaza, ainda que as proteções mais básicas para hospitais e equipes médicas não estejam garantidas.

"Estamos prontos para aumentar nossa capacidade de ajuda em Gaza. Temos equipes de prontidão, prontas para enviar suprimentos médicos e entrar em Gaza para apoiar a resposta médica de emergência, assim que a situação permitir", diz Christou, presidente internacional de MSF. "Mas, enquanto os bombardeios continuarem com a intensidade atual, qualquer esforço para aumentar a ajuda médica será inevitavelmente insuficiente."

 

Fonte: assessoria de imprensa

© Toda reprodução desta notícia deve incluir o crédito ao Abordagem, acompanhado do link para o conteúdo original.



lena pilates
Próxima Notícia
Corpo do ator Ricardo Merini é encontrado no IML em São Paulo 1p2n66
Corpo do ator Ricardo Merini é encontrado no IML em São Paulo

Mais Notícias 572lb

Capela Santa Terezinha convida para brechó solidário neste sábado, 14, no bairro Inocoop
Capela Santa Terezinha convida para brechó solidário neste sábado, 14, no bairro Inocoop 4f4w3j
Consulta pública vai aplicar mais de R$ 700 mil da Política Nacional Aldir Blanc em Assis
Consulta pública vai aplicar mais de R$ 700 mil da Política Nacional Aldir Blanc em Assis qo5j
Enfermagem do UNIFIO participou de Simulado de Acidente de Trânsito com múltiplas agências
Enfermagem do UNIFIO participou de Simulado de Acidente de Trânsito com múltiplas agências 6o3xw
Católicos celebram dia de Santo Antônio hoje, 13
Católicos celebram dia de Santo Antônio hoje, 13 1x26p
Hoje tem Juliane e Gabriel na Vila Agro em Assis
Hoje tem Juliane e Gabriel na Vila Agro em Assis 4e661y
Prefeitura realiza reunião com Santa Casa para discutir cirurgias eletivas e exames pré-operatórios
Prefeitura realiza reunião com Santa Casa para discutir cirurgias eletivas e exames pré-operatórios 5y6s65
Tutelas de Urgência em Ações Previdenciárias
Tutelas de Urgência em Ações Previdenciárias 6p3m27
Reunião participativa do Conselho Municipal de Turismo reúne representantes de diversos segmentos
Reunião participativa do Conselho Municipal de Turismo reúne representantes de diversos segmentos 1l5912